À data da sua publicação inicial em França, em Outubro de 2000, John Blacksad apresentava uma diferença notável face a outros policiais congéneres: era o herói de uma história protagonizada, na íntegra, por personagens antropomórficos.
Por detrás desta obra, encontravam-se dois autores espanhóis que até então se tinham dedicado apenas ao desenho de animação: Juan Díaz Canales e Juan Guarnido. Blacksad era, para ambos, a sua estreia no mundo da banda desenhada.
E que estreia: para além do acolhimento entusiástico do público e da crítica, o álbum inaugural daquela que viria a tornar-se uma das séries mais aclamadas da BD franco-belga, foi de imediato distinguido com vários prémios a nível internacional, nomeadamente como Mejor Obra y Autor Revelación na 19ª edição do Salón del Cómic de Barcelona, sendo ainda nomeado na categoria Coup de Coeur no Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême.
John Blacksad é o herói desta história totalmente nova. O cenário é uma cidade grande que lembra muito a Nova York dos anos 1950. Todas as criaturas que vivem nesta cidade são animais. E John Blacksad, o detective particular - um gato preto com focinho branco -, terá de investigar o assassínio de uma actriz que fora outrora sua amante...
A história, que Juan Diaz Canales construiu como um thriller, é habilmente transposta para o desenho por Juanjo Guarnido em vinhetas aguareladas.
Trata-se de uma técnica que Guarnido desenvolveu no Disney Studios em Montreuil.
As aguarelas que serviram de base à concepção dos livros da série Blacksad foram a seu tempo reunidas em diversas obras que, até à data, se encontravam inéditas em Portugal.
Surgem agora, sob a forma de suplemento de 24 páginas, numa Edição Especial com lombada em tecido, pela Ala dos Livros que assim inicia a reedição desta série.
A edição de A MORTE VIVA (Vatine e Varanda) da Ala dos Livros recebeu o Prémio Nacional de Banda Desenhada para Melhor Desenho de Autor Português no 30º AMADORA BD.
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